A EQUIPE DE ENFERMAGEM E A RELEVÂNCIA DOS MÉTODOS DE
DEAMBULAÇÃO E VARIEDADES DE POSIÇÕES DURANTE O
TRABALHO DE PARTO EM UMA MATERNIDADE DE ARACAJU.
Item
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Título
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A EQUIPE DE ENFERMAGEM E A RELEVÂNCIA DOS MÉTODOS DE
DEAMBULAÇÃO E VARIEDADES DE POSIÇÕES DURANTE O
TRABALHO DE PARTO EM UMA MATERNIDADE DE ARACAJU.
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Tipo
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Projeto de intervenção apresentado ao Curso de especialização em obstetrícia da
Universidade Federal de Sergipe e Universidade Federal de Minas Gerais, como requisito para o título de especialista.
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Autor
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Orientadora: Profª. Msc. Kelly Araújo Valença Oliveira
Orientada: LUCIANA MORAES VALENTIM DA SILVA
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Description
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O tema “A equipe de enfermagem e a relevância dos métodos de deambulação e
variedades de posições durante o trabalho de parto em uma maternidade de
Aracaju” escolhido surgiu a partir da observação empírica no cotidiano da prática
enquanto enfermeira, quando era percebido que a equipe de enfermagem não
aplicava junto às pacientes, as técnicas de deambulação e variedade de posição,
como sendo direito das pacientes. Levando-se em consideração que o parto é um
momento único, delicado na vida da mulher, devido as dores e desconforto, tornou-
se importante a realização do projeto de intervenção que teve por objetivo geral
capacitar à equipe de enfermagem para a prática da deambulação e variedade de
posições nas pacientes no Hospital e Maternidade Santa Izabel no município de
Aracaju. Como metodologia de trabalho optou-se por um estudo de intervenção de
campo, realizado por meio da aplicação de questionário pré-teste, com trinta e três
componentes da equipe de enfermagem, para coleta de dados a serem analisados,
dos quais vinte e um aceitaram participar da capacitação. Como principal conclusão
observou-se que a equipe tem pouco conhecimento das técnicas de deambulação e
da diversidade de posições no parto, porém após a capacitação a maioria se tornou
mais comprometida e consciente da existência dessa nova técnica, embora as
mudanças no antigo paradigma do parto tradicional sejam difíceis de serem
realizadas, foi plantada a semente do questionamento e da curiosidade pelo novo e
a possibilidade da realização de mudanças que venham a ser benéficas as usuárias
do centro de obstetrícia.
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conteúdo
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 8
2 PROBLEMATIZAÇÃO ...................................................................................................... 10
3 APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO ............................................................................... 11
4 JUSTIFICATIVA................................................................................................................ 12
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA.............................................................................................. 13
6 PÚBLICO ALVO ............................................................................................................... 17
7 OBJETIVOS...................................................................................................................... 18
7.1 Objetivo Geral ................................................................................................................ 18
7.2 Objetivos específicos .......................................................................................... 18
8 METAS ............................................................................................................................. 19
9 METODOLOGIA ............................................................................................................... 20
9.1 Considerações éticas .......................................................................................... 20
9.2 Critérios de inclusão ............................................................................................ 20
9.3 Critérios de exclusão ........................................................................................... 21
9.4 Coleta de dados .................................................................................................. 21
9.5 Confecção do banco de dados e análise dos resultados .................................... 21
9.6 Riscos e benefícios ............................................................................................. 22
9.7 Critérios de suspensão ........................................................................................ 22
10 CRONOGRAMA ............................................................................................................. 23
11 ORÇAMENTO ................................................................................................................ 24
12 RECURSOS HUMANOS ................................................................................................ 25
13 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO .................................................... 26
APÊNDICE A............................................................................................................. 49
APÊNDICE B............................................................................................................. 50
APÊNDICE C..............................................................................................................51
APÊNDICE D..............................................................................................................528
1 INTRODUÇÃO
A atenção obstétrica e neonatal, prestada pelos serviços de saúde, deve ter
como características essenciais à qualidade e a humanização. É dever dos serviços
e profissionais de saúde acolher com dignidade a mulher e o recém-nascido,
enfocando-os como sujeitos de direitos. A humanização diz respeito à adoção de
valores de autonomia e protagonismo dos sujeitos, de responsabilidade,
solidariedade dos vínculos estabelecidos, direitos dos usuários e de participação
coletiva no processo de organização (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
Devendo essa atenção com qualidade e humanização depender da provisão
dos
recursos
necessários,
organização
de
rotinas
com
procedimentos
comprovadamente benéficos, evitando-se intervenções desnecessárias, e do
estabelecimento de relações baseadas em princípios éticos, garantindo-se
privacidade e autonomia e compartilhando-se com a mulher e sua família as
decisões sobre as condutas a serem adotadas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005).
Com a institucionalização do parto às mulheres deixaram de parir em seus
lares, ambiente familiar, vivenciando a ruptura dos hábitos femininos e do espaço da
vida cotidiana. As práticas da institucionalização baseadas em normas e rotinas
tornaram as mulheres passivas. O Ministério da Saúde em 2006 estabeleceu um
protocolo assistencial que foi um importante marco na revisão das tecnologias
utilizadas no nascimento e parto, levando à adoção de recomendações, onde se
deve encorajar toda mulher a deambular e oferecê-las a liberdade para escolher a
posição que melhor encontrar no momento do parto, não se orientando mais colocar
as parturientes em posição ginecológica. Visando a prestação de apoio e
encorajamento a mulher, proporcionando maior segurança e conforto no momento
do parto (NAKANO, 2007).
A atuação da enfermeira na assistência à mulher no processo de parturição é
considerada como uma possibilidade para a redução da morbimortalidade materna e
perinatal. Com essa assistência, poderá diminuir as ações intervencionistas do tipo
cesarianas,
muitas
vezes
desnecessárias.
Também
poderá
privilegiar
majoritariamente a parturiente como ser ativo no referido processo, conduzido por
uma assistência mais humanizada (BARROS, 2004).9
De acordo com Davim (2002), a Organização Mundial de Saúde (OMS)
preconiza medidas onde a mulher em trabalho de parto deverá ter suporte
emocional e atenção à saúde com o mínimo de intervenções. A atenção ao parto
normal está embasada em duas concepções. A primeira, caracterizada pelo
processo intervencionista dentro de uma visão cartesiana, apoiando-se no enfoque
de risco e atenção no corpo, utilização acrítica de novas tecnologias, juntamente
com aumento do número de intervenções algumas vezes desnecessárias,
agradando por sua vez aos profissionais de saúde e, uma segunda, seguindo um
modelo mais humano, onde o corpo é visto de maneira holística priorizando o bem
estar da paciente e do feto, procurando intervir o menos possível, valorizando
sempre os processos fisiológicos, psicológicos e psicossociais.
Muitas vezes a paciente se encontra deitada e a equipe de enfermagem não
entende a prática da mobilidade no momento do trabalho de parto, sendo que para
elas é de fundamental importância, devido à humanização que proporciona, e
também por aliviar a dor, além do encurtamento da duração do trabalho de parto.
Surgiu à necessidade e importância do tema escolhido que pretende esclarecer à
equipe técnica de enfermagem a necessidade de tais práticas baseadas em
evidências no momento do trabalho de parto, bem como demonstrá-las que, além de
uma prática benéfica é um direito das parturientes receber da equipe todo o apoio e
técnicas necessárias para garantir cada vez mais o conforto e alívio da dor, tornando
sempre o parto mais humanizado.10
2 PROBLEMATIZAÇÃO
O tema escolhido surgiu a partir da observação empírica no cotidiano da
prática enquanto enfermeira, quando era percebido que a equipe de enfermagem
não aplicava junto às pacientes, as técnicas de deambulação e variedade de
posição, como sendo direito das pacientes.
Dessa observação, nasceu o interesse em desenvolver um trabalho na
perspectiva de demonstrar a equipe técnica de enfermagem a necessidade de tais
práticas, que além de uma prática benéfica é um direito das parturientes receber da
equipe todo o apoio e técnicas necessárias para garantir cada vez mais o conforto e
alívio da dor, tornando sempre o parto mais humanizado.11
3 APRESENTAÇÃO DA INSTITUIÇÃO
O projeto será executado no setor de obstetrícia de uma maternidade de
baixo risco no município de Aracaju, que realiza em média 900 partos por mês. Em
conformidade com a lei 391, de 23 de outubro de 1900, assumiu a direção e a
administração do Hospital de Caridade, passando a se chamar Hospital Santa Isabel
funcionando, inicialmente, com 22 leitos. Em 30 de Setembro de 1924, foi fundada a
Associação Aracajuana de Beneficência, mantedora do Hospital Santa Isabel,
reconhecida como sociedade civil beneficente sem fins lucrativos, sendo disciplinado
seu funcionamento através do estatuto da mesma. Foi reconhecida de utilidade
público federal, estadual e municipal de acordo com a legislação vigente. Em sua
evolução, foram surgindo novos pavilhões: Maternidade Dr. João Firpo em 1957,
Hospital Infantil Dr. José Machado de Souza em 1970, Unidade de Urgência
Emergência em 2002, e atualmente estão sendo construídos novos Centros
Cirúrgicos e leitos para UTI.
A maternidade tem como missão oferecer serviços de excelência em saúde,
prestando assistência qualificada no atendimento materno-infantil, utilizando-se da
ética e da humanização, direcionadas à promoção da vida e à satisfação do
paciente, visando ser referência no atendimento materno-infantil do estado.12
4 JUSTIFICATIVA
Considerando que a humanização é fundamental na assistência de
enfermagem, e que o período do parto é um momento único, delicado na vida da
mulher, devido as dores e desconforto, tornou-se importante a realização do projeto
de intervenção que visa capacitar à equipe de enfermagem para a prática da
deambulação e variedade de posições nas pacientes em uma maternidade, no
município de Aracaju.
Diante das dificuldades para implantar tais práticas, principalmente partindo
da equipe técnica que demonstra resistência as boas práticas baseadas em
evidências amplamente difundidas pela Rede Cegonha, pôde-se perceber o
despreparo da equipe de enfermagem, além da falta de conhecimento para
estimular e orientar as pacientes para a prática da deambulação e variedades de
posição no momento do trabalho de parto. Para as parturientes é de fundamental
importância, devido à humanização que elas necessitam durante todo o processo de
trabalho de parto, surgindo assim à necessidade e importância do tema escolhido, o
qual pretende esclarecer à equipe técnica de enfermagem a necessidade de tais
práticas baseadas em evidências no momento do trabalho de parto, bem como
demonstrá-las que, além de uma prática benéfica é um direito das parturientes
receberem da equipe todo o apoio e técnicas necessárias para garantir cada vez
mais o conforto e alívio da dor, tornando sempre o parto mais humanizado.13
5 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
O bem-estar da mulher e o nascimento de seu recém-nascido sadio
dependem da confiança depositada nos profissionais que a assistem. Os
profissionais, ao longo do trabalho de parto e no parto, precisam avaliar
corretamente o estado da mãe, com monitoramento de suas condições vitais,
atentando para a manutenção de seu bem-estar físico e emocional, fornecendo-lhe
apoio nos momentos de dor. A privacidade durante o trabalho de parto deverá ser
respeitada, como também, a escolha do tipo de parto e do acompanhante que estará
ao seu lado no momento que desejar (OLIVEIRA, 2002).
O termo humanização foi imposto pelo Ministro da Saúde e sua equipe
técnica ao Programa de Pré-natal e Nascimento, com a premissa de melhorar as
condições do atendimento e que o profissional privilegie não só o que viu e palpou,
mas, também, ouvir o que a gestante descreveu estar sentindo para que o
tratamento seja eficiente. Ainda traz a todo o momento a importância da participação
da família durante a gestação, o parto e puerpério. Ao passar do tempo, o ato
fisiológico de parir e nascer passou a ser visto como patológico, privilegiando a
técnica medicalizada e despersonalizada, em detrimento do estímulo, apoio e
carinho à mulher que vivencia essa experiência (CASTRO, 2005).
A humanização sob a perspectiva filosófica pode ser traduzida como um ideal
livre e inclusivo da manifestação dos sujeitos na organização das práticas sociais,
inclusive de atenção à saúde, promovidas por interações sempre mais simétricas,
que permitem uma compreensão mútua e a construção dos seus valores e
verdades. A humanização da assistência é de extrema importância para garantir que
um momento único, como o parto, seja vivenciado de forma positiva e
enriquecedora. Resgatar o contato humano, ouvir, acolher, explicar, criar vínculo são
requisitos indispensáveis no cuidado. Tão importante quanto o cuidado físico, a
realização de procedimentos comprovadamente benéficos, a redução de medidas
intervencionistas, é a privacidade, a autonomia e o respeito à parturiente (MABUCHI,
2008).
O cuidado humanizado inicia no momento em que a equipe multiprofissional é
capaz de detectar, sentir e interagir com as pacientes e familiares, tem a capacidade
de estabelecer uma relação de respeito ao ser humano e aos seus direitos14
essenciais. Para a sistematização da humanização do parto, algumas regras
precisam ser seguidas e incorporadas pelas equipes multiprofissionais, atualmente o
nível de exigência dos pacientes e acompanhantes mudou de patamar, e a evolução
dos conceitos de acolhimento, conforto e hotelaria, a satisfação e a fidelização do
cliente são metas a serem alcançadas (PRISZKULNIK, 2009).
A percepção das mulheres sobre seus corpos e o processo parturitivo
contribui para colocá-las em situação de vulnerabilidade. Ficou evidenciado que
essa situação perpassa três vertentes, representadas pela vulnerabilidade individual,
que diz respeito ao desconhecimento sobre o parto, ao papel que deveriam
desempenhar os profissionais de saúde e, principalmente, ao fato de não possuírem
uma noção clara de quais seriam seus direitos, a vulnerabilidade programática, que
se concretiza na forma como o serviço de saúde está organizado, como se
estabelece o vínculo com os profissionais de saúde e, ainda, com a própria rotina
adotada para o parto e a vulnerabilidade social, a qual emerge claramente na
dificuldade de acesso ao serviço de saúde, na falta de leitos hospitalares, no nível
elementar de escolaridade e em todo e qualquer processo de exclusão,
discriminação ou enfraquecimento de grupos sociais (GRIBOSKI, 2006).
Segundo Nakano (2007), o apoio contínuo durante o trabalho de parto
beneficia as parturientes e contribui para a redução de taxas de cesariana, na
duração do trabalho de parto, incentiva o aleitamento materno e a mulher
desenvolve uma percepção positiva sobre esses eventos.
No ambiente hospitalar, existe uma série de obstáculos para se implantar uma
metodologia de assistência que promova o parto normal e humanizado. A equipe de
saúde não aceita com tranquilidade a mobilidade da mulher, e ela própria sente-se
pouco à vontade para decidir sobre os procedimentos de seu parto. Sobrepondo-se
a essa situação, os Centros de Parto Normal tornam menos hierarquizados as
relações entre as parturientes e os prestadores de cuidados, e oferecem um
ambiente onde a mulher sente-se mais à vontade diante dos eventos que irão
ocorrer (MACHADO, 2006).
Oliveira (2002), diz que para resguardar o caráter fisiológico do nascimento,
surgiu o conceito de Parto Humanizado, que pode ser descrito como um conjunto de
condutas e procedimentos que têm por finalidade a promoção do parto e nascimento
saudáveis e a prevenção da morbimortalidade materna e perinatal, a busca pela
humanização do parto exige, o seu entendimento como sendo um evento da vida15
sexual e reprodutiva, um processo fisiológico, que requer um acompanhamento com
um mínimo de intervenção, que disponha de pessoal treinado e de condições
estruturais para identificação e prevenção precoce de complicações e situações de
risco, permitindo atuação imediata, adequada e eficaz.
A Organização Mundial de Saúde refere que o objetivo da assistência é obter
uma parturiente e um neonato saudáveis com o mínimo de intervenções que seja
compatível com a segurança, visando a humanização, algumas condutas devem ser
estimuladas durante o parto como a presença de acompanhante, oferta de líquidos,
uso de técnicas não invasivas para alívio da dor e liberdade de escolha da posição
no parto, entre outras (MARQUE, 2006).
Oreano (2012, p.32), afirma que:
Apesar
de
serem
amparadas
por
evidências
científicas
da
Organização Mundial de Saúde recomendar a implementação das
boas práticas, muitas das instituições de saúde ainda não as utilizam
permanecendo ainda com a posição dorsal independente do desejo
da mulher, talvez pela conveniência da posição para os profissionais
que estão realizando o procedimento.
Mamede et. al.(2007), afirma as evidências concretas dos benefícios para a
mãe e feto na postura vertical e das mudanças de posição no momento do trabalho
de parto, de acordo com a fisiologia da mulher é mais conveniente tanto para a
gestante quanto para o feto exercer a mobilidade durante o trabalho de parto porque
melhora a contração uterina, o aporte sanguíneo chega com melhor precisão através
da placenta para o feto, além de diminuir o tempo do trabalho de parto. O trajeto e
descida do feto são aprimorados quando a gestante fica em pé no pré- parto e parto,
pois impede a compressão dos grandes vasos da mãe, melhorando os diâmetros do
canal de parto, ângulo de encaixe, ventilação pulmonar, além do equilíbrio ácido
básico através do ato da gravidade.
A deambulação embora nenhum estudo explique como ocorre tal influencia, é
de fundamental importância durante o trabalho de parto por aliviar a dor, além do
encurtamento da duração do trabalho de parto. Resultando na melhora das
contrações e a menor necessidade do uso de medicação como ocitocina e
analgesia, como também a diminuição do parto vaginal instrumental como fórceps,16
extração a vácuo, episiotomia, entre outros. Em primigestas principalmente durante
as três primeiras horas da fase ativa do trabalho de parto a deambulação está
associada ao encurtamento do trabalho de parto. (MAMEDE et al, 2007).
Recomenda-se a posição de quatro apoios para o alivio da lombalgia, pode
também auxiliar na rotação anterior do feto nos casos de distorcia de ombro se o
feto estiver numa posição occipitoposterior.Na posição de semidecúbito, a mulher
precisa de apoio correto do corpo para que seu esforço seja eficaz, pois seu peso irá
está no sacro movendo-o para frente e reduzindo o estreito pélvico inferior.
(LOWDERMILK et. al, 2012. p. 374).
De acordo com LOWDERMILK et.al. (2012), a posição lateral ajuda na
rotação do feto quando este se encontra na posição posterior e também pode ser
utilizada quando a mulher tem necessidade de menor esforço no momento dos
puxos, por exemplo, um parto prematuro que necessita controlar a velocidade.17
6 PÚBLICO ALVO
O projeto de intervenção teve como público alvo os profissionais técnicos e
auxiliares de enfermagem, totalizando 33 profissionais nos períodos de trabalho
manhã, tarde e noite lotada no setor do centro obstétrico do Hospital e Maternidade
Santa Izabel.18
7 OBJETIVOS
7.1 Objetivo Geral
Capacitar à equipe de enfermagem para a prática da deambulação e
variedade de posições nas pacientes em uma maternidade, no município de Aracaju.
7.2 Objetivos específicos
Sensibilizar a equipe quanto à importância de tal prática para as pacientes no
trabalho de parto;
Discutir os sentimentos que foram manifestados pela equipe após a
capacitação da deambulação e variedades de posições;
Fortalecer o vínculo e a confiança dos profissionais e as mulheres que são
atendidas no setor;
Contribuir para melhor adesão da equipe de enfermagem na realização das
boas práticas no trabalho de parto.19
8 METAS
Capacitar 100% da equipe de enfermagem na prática da deambulação e
variedade de posições de parto.
Sensibilizar 100% a equipe de enfermagem, quanto à importância de tal
prática com as pacientes no trabalho de parto durante ás 8 horas da capacitação.20
9 METODOLOGIA
Trata-se de um estudo de intervenção de campo, realizada por meio da
aplicação de questionário pré-teste, com trinta e três componentes da equipe de
enfermagem, para coleta de dados a serem analisados. No intuito de subsidiar a
capacitação em serviço de 8 horas, sendo uma manhã e uma tarde cada uma de 4
horas de curso para fortalecer a formação da equipe de enfermagem, além da
aplicação de pós-teste para verificar a mudança de concepções e postura frente à
atuação junto às pacientes.
A capacitação foi realizada no auditório de uma maternidade de baixo risco no
município de Aracaju.
9.1 Considerações éticas
O projeto de intervenção seguiu as diretrizes propostas pela Resolução nº
466/2012 que trata de pesquisa com seres humanos, do conselho nacional de
saúde, com elaboração de um termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE) a
ser assinado pelos sujeitos que concordarem em participar desta investigação,
garantindo-lhe o direito do anonimato, bem como de ausentar-se desta investigação
em qualquer fase do processo.
A intervenção só teve início após a liberação do hospital. Os dados serão
mantidos por cinco anos na posse das pesquisadoras para eventuais comprovações.
9.2 Critérios de inclusão
Os critérios de inclusão utilizados na pesquisa foram os profissionais técnicos
e auxiliares de enfermagem do setor de obstetrícia que aceitem participar da
capacitação e assinem o termo de consentimento livre e esclarecido.21
9.3 Critérios de exclusão
Os critérios de exclusão foram os membros da equipe auxiliar e técnica de
enfermagem que estiverem ausentes (afastados por licença, atestado médico ou
férias) no período da coleta de dados, os profissionais que não concordaram em
participar do estudo com base no termo de consentimento livre e esclarecido, ou
ainda, que estavam trabalhando por outro profissional, que não estavam lotados na
unidade em estudo.
9.4 Coleta de dados
Foi aplicado como instrumento para coleta de dados: um breve questionário
com pré-teste e pós-teste de identificação dos participantes (Apêndice A) que consta
de 15 itens objetivos que serão preenchidos pelos participantes.
9.5 Confecção do banco de dados e análise dos resultados
O processo de avaliação foi realizado através de um questionário respondido
pela equipe técnica de enfermagem, em seguida foi realizado uma intervenção
realizando a implementação da prática de deambulação e variedades de posições e
conscientização da equipe quanto à importância de realizar tal procedimento durante
o trabalho de parto para a parturiente.
Os dados foram interpretados, analisados, discutidos e confrontados com a
literatura e com os dados coletados nos roteiros de pesquisa, no intuito de se
responder a verificação da problematização proposta.22
9.6 Riscos e benefícios
A pesquisa envolveu riscos mínimos onde os sujeitos envolvidos terão sigilo
assegurado
pelos
pesquisadores
e
não
passarão
por
nenhum
tipo
de
constrangimento, já que, o preenchimento do questionário será individualizado.
Tendo como benefício a implementação da deambulação e variedade de
posições para as a parturientes e orientação dos profissionais técnicos de
enfermagem quanto à importância do mesmo durante o período de trabalho de
parto, da maternidade filantrópica de Aracaju.
9.7 Critérios de suspensão
Os procedimentos adotados nessa intervenção obedecem aos Critérios da
Ética em pesquisa com Seres Humanos conforme Resolução nº 466/2012 do
Conselho Nacional de Saúde. Nenhum dos procedimentos usados visa expor os
profissionais e sim capacitá-los para que possam ampliar seus conhecimentos,
melhorando sempre a qualidade na assistência prestada, não oferecendo riscos à
sua dignidade. Em qualquer tempo, onde se identifica alguma irregularidade
podendo causar algum dano ou infrinja as normas do CEP, esta capacitação será
interrompida. O CEP será comunicado da suspensão ou do encerramento da
pesquisa, por meio de relatório apresentado na ocasião da suspensão ou do
encerramento com a devida justificativa.23
10 CRONOGRAMA
Especificações/Ano
Referencial teórico
Refinamento
do
planejamento
Coleta de dados
Transcrição
das
entrevistas
Análise dos dados
Redação
do
relatório
e
dos
artigos científicos
Prestação de contas
Mê
s
01
X
Mê Mês
s
03
02
X
X
X
Mês
04
X
X
Mê
s
05
X
X
Mê
s
06
X
X
Mê
s
07
X
X
Mê
s
08
X
XMê Mê Mê Mê
s
s
s
s
09 10 11 12
X
XX
X
X
X
X
X
X
X
X
X
X24
11 ORÇAMENTO
Discriminação
item
a
financiado
do
Valor (R$)
Fonte de
ser
financia- Unidade Quantidade Preço
mento
unitário
Total
1. Papel A4
2.Caneta
esferográfica
3.Grafite
4.Borracha
5.Xerox
6.Encadernação
simples
7.Encadernação
capa duraPrópria
PrópriaResma
Unid.02
0416,00
1,0032,00
4,00
Própria
Própria
Própria
PrópriaUnid.
Unid.
Unid.
Unid.04
02
500
031,00
0,50
0,05
1,504,00
1,00
25,00
4,50
PrópriaUnid.0315,0045,00
8.Cartucho
impressora pretode PrópriaUnid.0240,0080,00
9.Cartucho
de Própria
impressora colorido
Própria
10.Gasolina
Própria
11.Grampeador
Própria
12.Grampos
13.Fundo de reserva Própria
14.Assinatura
de Própria
periódico
15.Revisão
Própria
ortográficaUnid.0260,00120,00
Litro
Unid.
Caixa
Unid.
Unid.80
01
01
01
032,99
10,00
3,50
50,00
100,00238,20
10,00
3,50
100,00
300,00
Unid.0170,0070,00
Própria
e PrópriaUnid.
Unid.01
01-
--
-
PrópriaUnid.02-
Materiais
permanentes
16.Computador
17.Impressora
scanner
18.Pen driver
-
1.037,2
TOTAL
0
Fonte de financiamento principal: O projeto já dispõe desses materiais
permanentes e os materiais de consumo serão custeados pela aluna pesquisadora.25
12 RECURSOS HUMANOS
A capacitação contou com a presença de quatro enfermeiras, uma
fisioterapeuta, uma psicóloga. Profissionais que foram as facilitadoras de
conhecimento. Além dos profissionais auxiliares e técnicos de enfermagem, os quais
formaram o público alvo para tal intervenção.26
13 ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DO PROJETO
No que diz respeito ao projeto, a metodologia de monitoramento propôs
levantar informações sobre o andamento das novas práticas para a gestante no
trabalho de parto oferecida pela equipe depois da capacitação; gerando informações
precisas sobre o andamento da proposta para a rápida e segura tomada de
decisões.
A metodologia de avaliação, por sua vez, destinou-se a mensurar a
concretização da mudança na qualidade da assistência às gestantes na sala de
parto de uma maternidade no município de Aracaju no estado de Sergipe, avaliando
os efeitos advindos diante dos novos conhecimentos baseados em evidencias
adquiridos pela equipe.
Assim fornecer, aos gestores do setor, dados e conceitos que contribuam e
auxiliem, de maneira eficaz e confiável, com a melhoria na assistência, com o
aprendizado baseado em evidências científicas, com a divulgação de resultados.27
14 RESULTADOS E DISCUSSÃO
A capacitação consistiu em um curso de 8 horas, realizados em uma manhã e
uma tarde cada etapa de 4 horas, com o objetivo de levar ao conhecimento dos
participantes do experimento sobre as técnicas e benefícios da deambulação e das
variedades de posição da parturiente.
No dia 24 de setembro de 2015, no período da manhã, foram administrados
dois questionários com 15 questões cada, o primeiro denominado pré-teste e o
segundo chamado de pós-teste, após a capacitação de 12 componentes da equipe
de enfermagem do centro obstétrico do Hospital e Maternidade Santa Izabel,
localizado na cidade de Aracaju-Sergipe. Sendo selecionados os profissionais do
período da tarde e noite. Essa etapa foi realizada com a ajuda de uma enfermeira da
instituição.
Durante a atividade foi exposto um banner com fotos das técnicas de
deambulação e as variedades de posições no parto, além dos dez passos da política
do hospital amigo da criança e os sete passos do hospital amigo da mulher de
acordo com o que preconiza a rede cegonha.
Em um segundo momento da capacitação foi assistido um filme “o
renascimento do parto” e em seguida foi aberto um espaço para perguntas e
esclarecimentos de dúvidas dos participantes do curso.
No dia 03 de Outubro de 2015 no período da tarde, foram realizadas as
mesmas atividades de capacitação com os profissionais de enfermagem que
trabalhavam pela manhã totalizando 9 profissionais.
Durante a capacitação foram realizadas explanações sobre as políticas com
ênfase maior nos temas: direito a gestante e ao acompanhante, contato pele a pele
e deambulação no processo parturitivo, esta etapa foi realizada com o apoio de uma
equipe multidisciplinar composta por quatro Enfermeiras, uma Fisioterapeuta e uma
Psicóloga.
Dos trinta e três membros da equipe de enfermagem do hospital, cinco (05)
profissionais não puderam comparecer a capacitação, por motivos diversos como:
doenças, férias, outros seis (06) alegaram problemas pessoais para não participar e
apenas um não quis participar da pesquisa, dessa forma a capacitação foi feita com28
vinte e um (21) indivíduos pertencentes à equipe do Hospital e Maternidade Santa
Izabel.
De maneira geral o objetivo do curso foi o de mostrar a necessidade e
importância da deambulação e variedades de posição no momento do pré-parto e
parto, além de demonstrar à equipe de enfermagem que é direito das parturientes a
escolha da melhor posição para seu conforto durante todo processo de trabalho de
parto.
Com relação, a coleta de dados, a primeira questão do instrumento de
pesquisa foi sobre o sexo dos participantes
Gráfico 1 – Sexo
0%
Masculino
Feminino
100%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
De acordo com dados dos indicadores sociais do IBGE (Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística) de 2010, as mulheres estão na frente quando o assunto é o
ensino superior. Em 2010, do conjunto de estudantes deste nível, 60,1% eram
mulheres, o que revela um aumento em relação a 2007, quando era de 57%.
Essa relação de maioria de mulheres é vista em todos os níveis de ensino
como no caso dos técnicos, e ganha grande destaque em funções ligadas à saúde e
ao ensino em que este patamar ultrapassa a casa dos 75% contra menos de 25% de
homens.29
Gráfico 2 - Idade
33%
20 a 40 anos
41 a 70 anos
67%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
No tocante a idade dos participantes da capacitação, a maioria (14 indivíduos)
eram maiores de 41 anos de idade, ou seja, formada de profissionais mais maduros,
alguns com muitos anos de profissão e outros que se habilitaram mais tardiamente
nas profissões de técnicos ou auxiliares de enfermagem.
Gráfico 3 – Formação: Técnicos e Auxiliares
29%
Técnicos de Enfermagem
Auxiliares de Enfermagem
71%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 201530
Segundo o COFEN, o Técnico de Enfermagem é o profissional de nível
técnico, geralmente feito em dois anos. O técnico realiza algumas funções que são
do enfermeiro, mas é necessária a presença deste último profissional para a
execução. É responsável pela administração de medicamentos, cuidados ao
paciente (higiene corporal, mobilização no leito, etc.), monitoramento dos dados
vitais, entre outros. Ele elabora relatório do atendimento feito e comunica
anormalidades à sua supervisão e ao plantão médico, já o Auxiliar de Enfermagem –
passa por curso básico (duração de um ano) e executa as funções de arrumação de
leitos, banho, troca de roupa dos doentes e limpeza dos ambientes dos pacientes.
O Conselho Federal de Enfermagem demonstra que existem 1,6 milhões de
profissionais no Brasil envolvidos em Enfermagem, de acordo com último
levantamento realizado pelo COFEN: 44% desse total são de técnicos de
enfermagem, 41% de auxiliares e 15% de enfermeiros.
Na pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, verificou-se
que existem quinze técnicos de enfermagem que representa cerca de 71% do total
enquanto os auxiliares que foram seis representam cerca de 29% do total.
Gráfico 4 – Tempo de Formação
24%
05 a 25 anos
26 a 45 anos
76%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 201531
No tocante ao tempo de formação dos pesquisados, observou-se que a
maioria, ou seja, 76% tem o tempo de formação na profissão entre 5 a 25 anos,
enquanto outros 24% tem a considerável marca de mais de 21 anos de profissão, ou
seja, é formada por profissionais muito experientes.
Gráfico 5 – Tempo de Atuação Profissional
10%
4 meses a 20 anos
21 a 40 anos
90%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
Gráfico 6 – Tempo de atuação no Centro Obstetrício
10%
4 meses a 20 anos
21 a 40 anos
90%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 201532
A questão de número 5 complementa a questão número 4, e aborda somente
o tempo de atuação no centro de obstretrícia, e foi apurado que a maioria dos
pesquisados têm menos de 20 anos de experiência (90%), em média eles têm 8
anos, porém existe 2 indivíduos (10%) que têm uma vasta experiência, ou seja,mais
de 20 anos de experiência nesses centros.
Gráfico 7 – Sobrecarga de Trabalho
19%
Sim
Não
81%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
O gráfico 7 explica o sentimento de sobrecarga de trabalho percebido pelos
entrevistados e a maioria, cerca de 81% dos entrevistados afirmaram estarem
sobrecarregados pelo trabalho no centro de obstetrícia, apenas 19% ou apenas 4
entrevistados disseram não se sentirem sobrecarregados no desenvolvimento de
suas atividades no trabalho no centro de obstetrícia.33
Gráfico 8 – Dupla Jornada de Trabalho
43%
Sim
57%
Não
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
O Gráfico 8 aborda a questão da dupla jornada de trabalho a que estão
submetidos muitos profissionais de saúde, e a pesquisa demonstrou que a maioria
dos pesquisados trabalham em mais de um emprego (doze profissionais) ou seja
57% dos mesmos.
Segundo Pafaro (2002) a dupla jornada de trabalho faz-se necessária aos
trabalhadores de enfermagem devido à situação econômica da área da saúde, aos
baixos salários insuficientes para o sustento de duas famílias, o que os levam a
procurar novas fontes de renda. Na realidade estes profissionais necessitam
enfrentar dupla atividade, o que pode interferir em alguns aspectos referentes à
qualidade de vida do trabalhador.34
Gráfico 9 – Conhecimento sobre tecnologia das boas práticas no trabalho de
parto
52%
48%
Sim
Não
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
O gráfico 9 teve o intuito de verificar o conhecimento dos pesquisados sobre a
utilização de alguma tecnologia das boas práticas no trabalho de parto, e as
respostam demonstraram que a maioria 52% dos pesquisados não eram
familiarizados com esse tipo de técnica, o que denota a importância do estudo do
tema e a capacitação realizada com os profissionais do Hospital e Maternidade
Santa Izabel.35
Gráfico 10 – Orientação da parturiente sobre a deambulação e variedade de
posições no parto
34%
Sim
66%
Não
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
O gráfico 10 demonstra a questão da orientação a parturiente sobre a
importância da deambulação e variedade de posições durante o processo parturitivo,
o resultado da pesquisa demonstrou que 66% dos profissionais não as orientam
sobre essas técnicas, a maioria pelo desconhecimento das técnicas ou da pouca
importância dada às mesmas.
Gráfico 11 – Acredita que a deambulação e variedade de posições pode ajudar
a parturiente no trabalho de parto
38%
62%
Sim
Não
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 201536
No gráfico 11 está à representação das respostas sobre se o profissional
acredita que a deambulação e a variedade de posições pode ajudar a parturiente no
trabalho de parto, e observou-se que como na questão anterior a maioria ou 62%
dos entrevistados não acreditam em tais técnicas, geralmente por não ter um
conhecimento aprofundado sobre as mesmas.
Gráfico 12 - Encoraja a mulher a movimentar-se no trabalho de parto
38%
Sim
Não
62%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
Quando perguntados se encorajam as parturientes a se movimentarem
durante o trabalho de parto, novamente uma maioria (62%) afirmou que não fazem
este tipo de recomendação ou encorajam que as mulheres o façam, apenas 38%
respondeu que sim, e encorajam esses movimentos durante o trabalho de parto.
MAMEDE e VILELA (2007) recomendam que se deve encorajar a parturiente
a se movimentar até que ela encontre um espaço físico e uma posição que seja
mais confortável.
As autoras esclarecem que não se deve insistir em prescrições de
determinadas posições confortáveis às parturientes, isso porque, uma vez que suas
endorfinas estejam fluindo bem, elas se encontrarão mais receptivas a responder às
mensagens interiores de seu corpo.37
Gráfico 13 - Fez algum curso explicando como deve ser ofertado a
deambulação e variedade de posições a parturiente no trabalho de parto
24%
Sim
Não
76%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
Quando questionados sobre se fizeram algum curso explicando como deve
ser ofertado a deambulação e variedade de posições a parturiente no trabalho de
parto, os profissionais pesquisados em ampla maioria 76% afirmaram que não,
dessa forma fica patente o desconhecimento das técnicas e de seus benefícios,
reforçando o sentido da capacitação ofertada, e a importância da pesquisa e da
disseminação de conhecimento sobre tais técnicas.
Gráfico 14 - Você acha que a mobilidade pode atrapalhar no trabalho de parto?
29%
Sim
Não
71%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 201538
O gráfico 14 demonstra a percepção dos pesquisados sobre se a mobilidade
pode atrapalhar no trabalho de parto, e por não ter muitas informações sobre o
assunto a maioria ou cerca de 71% acreditam que sim, a mobilidade atrapalharia o
trabalho de parto, só para apenas 29%, ou seis entrevistados não haveria
problemas.
Durante o parto a pelve se move, principalmente no seu interior que é um
pouco deformada. Dessa forma não se pode bloquear este movimento no momento
do parto. É uma capacidade mínima, mas muito precisa. Neste momento, cada
milímetro ganhado facilita o processo. Movimentos do corpo, posições da perna e da
coluna vertebral facilitam essa movimentação pélvica (MAMEDE e VILELA, 2007).
Sendo assim, em todo o trabalho de parto a mulher deve se movimentar
livremente,
como
desejar,
isso
facilitará
os
movimentos
da
pelve
e
consequentemente à descida e encaixe do bebê.
Gráfico 15 - Uma paciente com 9 cm de dilatação pode levantar para ir ao
banheiro?
28%
Sim
Não
72%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
O gráfico 15 representa o questionamento de se uma paciente com 9 cm de
dilatação pode levantar para ir ao banheiro, desconhecendo o assunto a maioria,
cerca de 72% responderam que não poderia, contra 28% que acham que podem
deixar a paciente ir no banheiro.39
Após a capacitação o mesmo questionário foi administrado aos participantes
da pesquisa, neste momento denominado de pós-teste. As primeiras questões eram
de cunho social ou do perfil dos participantes, as questões que tratavam sobre a
deambulação e as variedades de posições durante o processo começavam na nona
questão.
Na nona questão, quando questionados se conheciam alguma tecnologia das
boas práticas no trabalho de parto, todos os participantes agora responderam que
sim, ou seja 100% das respostas, no questionário pré-teste menos da metade (48%)
afirmaram conhecer tais tecnologias.
A capacitação assim cumpriu sua primeira missão que foi a de levar o
conhecimento sobre novas técnicas de abordagem do parto aos pesquisados.
Porém a décima questão do questionário pós-teste teve os seguintes
resultados:
Gráfico 16 – Orientação da parturiente sobre a deambulação e variedade de
posições no parto (pós-teste)
34%
Sim
66%
Não
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
Embora os pesquisados tenham feito a capacitação, continuam com o mesmo
pensamento com relação à orientação das parturientes sobre a deambulação e
variedade de posições no parto e como no questionário pré-teste apenas 34¨% irão
realizar orientações sobre estas técnicas.40
Agora quando questionados no pós-teste sobre se eles acreditam que a
deambulação e variedade de posições podem ajudar a parturiente no trabalho de
parto, os pesquisados responderam da seguinte forma:
Gráfico 17 – Acredita que a deambulação e as variedades de posições podem
ajudar a parturiente no trabalho de parto (pós-teste)
19%
Sim
Não
81%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
No questionário pós-teste 81% dos entrevistados, ou seja, a grande maioria
afirmou que agora acreditam nas técnicas de deambulação e as variedades de
posição podem ajudar na hora do parto, contra os apenas 38% que acreditavam
nessas técnicas anteriormente a capacitação.
A seguir no gráfico18, está a compilação das respostas dadas pelos
entrevistados quando abordados sobre se encorajam as mulheres a se movimentar
durante o trabalho de parto.41
Gráfico 18 - Encoraja a mulher a movimentar-se no trabalho de parto (pós-
teste)
38%
Sim
Não
62%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
Como no questionário pré-teste, os mesmos 62% disseram que não iriam
encorajar as mulheres a movimentar-se no trabalho de parto, mesmo muitos desses
acreditem nos benefícios dos movimentos realizados durante o trabalho de parto.
Esta é mais uma das questões que demonstra como é difícil a quebra de
paradigmas ou de idéias pré-estabelecidas sobre determinadas questões ou tabus
na área de saúde.42
Gráfico 19 - Fez algum curso explicando como deve ser ofertado a
deambulação e variedade de posições a parturiente no trabalho de parto (pós-
teste)
19%
Sim
Não
81%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
Após a capacitação, o questionário pós-teste identificou que 81% afirmaram
que fizeram algum curso, é valido ressaltar que anteriormente eram apenas 24%
que faziam tal afirmação. Dessa forma foi identificado um aumento de mais de 100%
dos que afirmam já ter feito um curso sobre deambulação e variedade de posições a
parturiente no trabalho de parto, ou seja, muitos dos pesquisados realmente
reconheceram que a capacitação foi um curso sobre o assunto.43
Gráfico 20 - Você acha que a mobilidade pode atrapalhar no trabalho de parto?
(pós-teste)
24%
Sim
Não
66%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 2015
Ao contrario do questionário pré-teste no qual a maioria (81%) dos
pesquisados achava que a modalidade poderia atrapalhar no trabalho de parto,
depois da capacitação foram apenas 24% que ainda acreditavam que a
movimentação da parturiente poderia realizar algum tipo de complicação no parto.
Esse resultado demonstra uma mudança de postura em muitos dos
pesquisados que já começam a questionar alguns paradigmas, ficando abertos a
novas abordagens e técnicas mais modernas sobre a questão do parto.
Gráfico 21 - Uma paciente com 9 cm de dilatação pode levantar para ir ao
banheiro?
28%
Sim
Não
72%
Fonte: Pesquisa realizada no Hospital e Maternidade Santa Izabel, 201544
O gráfico 21 mostra uma inversão no pensamento da maioria dos
entrevistados, enquanto no questionário pré-teste 72% responderam que uma
paciente com 9 cm de dilatação não poderia levantar para ir ao banheiro, no
questionário pós teste inverteu, os mesmos 72% já responderam que sim, uma
paciente com 9 cm de dilatação pode levantar e ir no banheiro.
Mais uma questão que demonstra que mesmo não atingindo uma mudança
de pensamento geral, a capacitação levou a reflexão e a mudança de pensamento
de boa parte da equipe de enfermagem do Hospital e Maternidade Santa Izabel no
que concerne a deambulação e as posições na hora do parto.45
15 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Diante do exposto observou-se que a literatura demonstra que atualmente se
vivencia uma época na qual existe uma nova visão sobre o efeito de muitas práticas
em obstetrícia. Dentre estas mudanças estão às práticas da deambulação e da
posição assumida pela parturiente no trabalho de parto, as quais devem ser
estimuladas na fase ativa do trabalho de parto.
Este incentivo à deambulação e a mudanças de posição da mulher no
trabalho de parto e parto aponta uma série de vantagens e benefícios para mãe e
filho, como a diminuição da duração do trabalho de parto que é atribuída à melhora
na contratilidade uterina, além disso, observa-se à necessidade diminuída de uso de
ocitocina e de analgesia além de menor freqüência de parto vaginal instrumental
como fórceps, extração a vácuo, episiotomia, entre outros.
Estas evidências permitem crer que a liberdade de posição e a deambulação
da parturiente em todo o desenrolar do trabalho de parto são formas de cuidado
provavelmente benéficas à parturiente e que devem ser encorajadas.
Durante a pesquisa no Hospital e Maternidade Santa Izabel, realizada com
uma capacitação da equipe de enfermagem obstétrica se tentou levar ao
conhecimento dos mesmos a importância da utilização de tais técnicas.
No decorrer do processo foi observado que a equipe realmente estava atenta
e interessada, além de participar efetivamente das ações desenvolvidas durante a
capacitação.
Porém os pesquisados relataram as dificuldades institucionais para a
realização destas práticas, eles ainda demonstraram um pouco de receio na
aplicação destas técnicas “novas”, e como os médicos irão lidar com este fato, pois
relataram que esses não aceitam bem estas mudanças.
De maneira geral notou-se a dificuldade na quebra deste paradigma do parto
realizado de maneira tradicional, pois já está arraigado na cultura da unidade de
saúde.
A maioria, porém é a favor de tais mudanças na hora do parto, e afirmaram
que aos poucos vão começar a introduzir as novas técnicas ou pelo menos vão
discuti-las com os médicos e com a direção da unidade de saúde.46
Esta afirmação pode ser corroborada com a diferença nas repostas entre os
dois questionários administrados na pesquisa, o pré-teste e o pós-teste, no segundo
questionário foi observado uma mudança significativa nos pensamentos dos
profissionais de enfermagem obstétrica com relação a diversidade das técnicas
utilizadas na hora do parto.
Então, de maneira geral o estudo cumpriu sua missão que foi a de demonstrar
os benefícios das técnicas de deambulação e da mobilidade de posição na hora do
parto, pois deu inicio ao processo de questionamento, que é a fase inicial para
possibilitar a mudança de paradigma, e que posteriormente possa mudar a visão dos
médicos e profissionais de enfermagem com relação aos tipos de partos.47
REFERÊNCIAS
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processo de parturição. Texto Contexto Enferm. 2004 Jul-Set.
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profissionais e acompanhantes escolhidos pela mulher.Rev, Saúde Pública
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obstétricas envolvidas com a assistência do perto. Rev Latino-am Enfermagem
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DAVIM, R.M.B. BEZERRA, L.G.M. Assistência a parturiente por enfermeiras
obstétricas no projeto Midwifery: Um relato de experiência. Rev Latino-am
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MAMEDE, FABIANA VILELA; et al. O Efeito da deambulação na duração da fase
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MINISTÉRIO DA SAUDE. Pré-natal e Puerpério, atenção qualificada e
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Ações Programáticas Estratégicas, 2005.
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estudo fenomenológico sob a ótica de adolescentes. RevEscEnferm, USP 2002;48
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OREANO, J. M. A não utilização de boas práticas na atenção ao parto sob a
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Curso (Graduação em Enfermagem) – Universidade Federal de Santa Catarina.
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PAFARO, RC. Estudo de estresse do enfermeiro com dupla jornada de trabalho
em um hospital de oncologia pediátrica de Campinas [dissertação] Campinas
(SP): Faculdade de Ciências Médicas da Universidade Estadual de Campinas; 2002.
PRISZKULNIK, G. MAIA, A.C. Parto humanizado: influências no segmento
saúde. O Mundo da Saúde São Paulo: 2009;33(1):80-88.49
APÊNDICE A
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE – UFS
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS-UFMG
DIREÇÃO DA ÁREA DA SAÚDE
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTETRICA
INSTRUMENTO DE COLETA DE DADOS- QUESTIONÁRIO
Título do Trabalho: A EQUIPE DE ENFERMAGEM E A RELEVÂNCIA DOS
MÉTODOS DE DEAMBULAÇÃO E VARIEDADES DE POSIÇÕES DURANTE O
TRABALHO DE PARTO EM UMA MATERNIDADE DE ARACAJU, 2015
Autoras: Luciana Moraes Valentim da Silva
Orientadora: profªMSc.Kelly Araújo V. Oliveira
Questionário nº __________
TurnoData:___/___/____
1) Gênero: Feminino ( ) Masculino ( )
2) Idade: ______ anos
3) Formação: ( ) técnico em enfermagem ( ) auxiliar em enfermagem
4) Tempo de formação: ________________________________________________
5) Tempo de atuação profissional: ________________________________________
6) Tempo de atuação na unidade Obstétrica ____________________________
7) Sente-se sobrecarregado no trabalho? ( ) sim ( ) não
8) Dupla Jornada de Trabalho? ( ) sim ( ) não?
9) Você conhece alguma tecnologia das boas práticas no trabalho de parto? ( )sim (
)não?
10)Orienta a parturiente sobre a importância da deambulação e variedade de
posições durante o processo parturitivo? ( )sim ( )não?
11) Você acredita que a deambulação e variedade de posições pode ajudar a
parturiente no trabalho de parto?( ) sim ( ) não?
12) você encoraja a mulher a movimentar-se no trabalho de parto? ( ) sim ( ) não?
13) Você já fez algum curso explicando como deve ser ofertado a deambulação e
variedade de posições a parturiente no trabalho de parto? ( ) sim ( ) não?
14) você acha que a mobilidade pode atrapalhar no trabalho de parto? ( ) sim ( )
não.
15) uma paciente com 9 cm de dilatação pode levantar para ir ao banheiro? ( ) sim (
) não?50
APÊNDICE B
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SERGIPE
UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS
PÓS-GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM OBSTÉTRICA REDE CEGONHA
CARTA-OFÍCIO
PARA
REQUERIMENTO
DE
AUTORIZAÇÃO
REALIZAÇÃO DE PESQUISA E USO DE PRONTUÁRIOS
PARA
I. Dados sobre o projeto de intervenção
Título: A equipe de enfermagem e a relevância dos métodos de deambulação e
variedades de posições durante o trabalho de parto em uma maternidade de
Aracaju.
Pesquisadores: Enfª-Luciana Moraes V. da Silva e profªMSc. Kelly Araújo V. Oliveira
II. Autorização da pesquisa e uso de prontuários
Prezado(a) superintendente do Hospital e Maternidade Santa Isabel, venho
solicitar autorização para realização do projeto de intervenção intitulado: A equipe de
enfermagem e a relevância dos métodos de deambulação e variedades de posições
durante o trabalho de parto em uma maternidade de Aracaju,2015, que tem por
objetivo Capacitar à equipe de enfermagem para a prática da deambulação e
variedade de posições nas pacientes em uma maternidade, no município de Aracaju.
Trata-se de um projeto de intervenção educativa com foco em capacitar a
equipe de enfermagem sobre a deambulação e variedade de posições no trabalho
de parto para melhorar cada vez mais a assistencia prestada.
Deixa-se claro que a capacitação conferirá riscos mínimos aos participantes,
visto que a posse exclusiva dos dados pelos responsáveis da capacitação e garantia
do anonimato, sigilo e confidencialidade anularão tais riscos. Ressaltamos que em
todas as etapas da capacitação será seguida a resolução n. 466/2012 do Conselho
Nacional de Saúde (CNS).
III. Informações dos nomes e telefones dos responsáveis pelo
acompanhamento da pesquisa.
1. Luciana Moraes V. da Silva.Enfermeira. Especializanda em Enfermagem
Obstétrica. Tel: (79) 9936-6006. E-mail:[email protected]
2. Kelly Araújo V. Oliveira. Pedagoga e Assistente social. Mestra em Educação Tel:
(79) 9990-4320 E-mail: [email protected]
IV. Consentimento
Declaro que após ter recebido informações claras,
desenvolvimento da referida pesquisa no setor mencionado.
Segue em anexo o projeto.
Colocamo-nos à disposição para dirimir quaisquer dúvidas
Atenciosamente,
__________________________________________
Superintendente do HSI
eu
concordo
com51
Aracaju (SE), ____de ______________________de 2015.
APÊNDICE C
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado (a) a participar, como voluntário de uma capacitação que será
realizada no período de dois meses na maternidade santa Isabel. capacitação sobre A
EQUIPE DE ENFERMAGEM E A RELEVÂNCIA DOS MÉTODOS DE DEAMBULAÇÃO E
VARIEDADES DE POSIÇÕES DURANTE O TRABALHO DE PARTO EM UMA
MATERNIDADE DE ARACAJU, 2015. Se você quiser participar, assine ao final do
documento. Você não é obrigado a participar e a qualquer hora pode desistir. Se não quiser
participar não terá nenhum prejuízo na relação com a pesquisadora nem com a instituição.
Esta capacitação tem como orientadora a profª. MSc. Kelly Araújo V. Oliveira e como
capacitador enfermeira Luciana Moraes V. da Silva.
Você receberá uma cópia deste termo onde consta o telefone das pesquisadoras
responsáveis, podendo tirar duvidas do projeto e da sua participação.
O objetivo deste projeto é Capacitar à equipe de enfermagem para a prática da
deambulação e variedade de posições nas pacientes em uma maternidade, no município de
Aracaju. Para participar você deverá responder ao questionário de acordo como orientado.
Sua participação será importante para avaliarmos o conhecimento sobre o assunto citado,
visando melhorar a assistência prestada, afim de que as mulheres diminuam o período do
trabalho de parto e tenham mais conforto. Não será realizada nenhuma cobrança e também
não será realizado nenhum pagamento pela sua participação.
Os voluntários terão direito à privacidade. A identidade (nomes e sobrenomes) dos
participantes não serão divulgados. Porém os voluntários assinarão o termo de
consentimento para que os resultados obtidos possam ser apresentados em congressos e
publicações.
Consentimento de participação da pessoa como sujeito
Eu,_____________________________________________________________, declaro que
li as informações contidas nesse documento, fui devidamente informado pele pesquisadora
dos procedimentos que serão utilizados, benefícios, custo/reembolso dos participantes,
confidencialidade da pesquisa, concordando ainda em participar da pesquisa. Foi-me
garantido que posso retirar o consentimento a qualquer momento, sem que isso leve a
qualquer penalidade. Declaro ainda que recebi uma copia deste termo de consentimento.
Aracaju, _____de _________________de 2015.
_____________________________________________________
ASSINATURA DO VOLUNTÁRIO
_____________________________________________________52
ASSINATURA DO PESQUISADOR RESPONSÁVEL
-
Língua
-
Portugues Brasil
-
Contributor
-
Orientadora: Profª. Msc. Kelly Araújo Valença Oliveira